Afastamentos por transtorno de saúde mental mais que dobram em 2025
Notícias • 18 de Setembro de 2025
Pesquisa analisou mais de 1,2 milhão de trabalhadores de 30 mil empresas.
A quantidade de afastamentos por transtorno de saúde mental continua crescendo, e a ansiedade afasta mais os jovens do trabalho, enquanto a depressão predomina entre gerações anteriores. É o que mostra análise obtida com exclusividade pelo Valor, feita pela VR, ecossistema de soluções para trabalhadores e empregadores, com quase 30 mil empresas e mais de 1,2 milhão de trabalhadores.
Segundo a pesquisa, houve um aumento de 143% na média mensal de afastamentos por problemas de saúde mental entre janeiro e julho de 2025, em comparação com o mesmo período de 2024. Foram registrados 4.819 afastamentos no período, o que representa uma média de 688 por mês, contra 283 mensais no ano anterior.
Na geração Z (nascidos entre 1995 e 2010), 53% dos afastamentos por transtornos de saúde mental (CID F) tiveram como causa a ansiedade. Entre os profissionais da geração X (1965-1980), esse índice foi de 38,5%, e entre os boomers (1946-1964), de 21%.
Já nos afastamentos por episódios depressivos, o índice ficou em 64% nos boomers, 41,4% na geração X e 21% na geração Z.
Os millennials ou geração Y (nascidos entre 1981 e 1994) apresentaram resultados semelhantes aos da geração Z, com 46% dos afastamentos relacionados à ansiedade e 34% associados a episódios depressivos.
Os millennials também apresentam a maior parte dos afastamentos por combinação de transtornos, com sintomas de ansiedade e depressão: 17%. A geração Z registrou 15% e a geração X, 14%. Entre os boomers, o índice foi de 7%.
No recorte de burnout, chama atenção a paridade entre geração Z e boomers, ambos com 7% dos afastamentos.
Esse levantamento é feito a partir da base de trabalhadores que registram ponto diariamente pelo serviço de gestão de jornada da VR e, por isso, precisam justificar ausências mediante upload do atestado médico com CID na área de RH Digital do SuperApp VR.
Diante dos dados, João Altman, diretor-executivo de gente e gestão da VR, reforça a relevância de as empresas desenvolverem políticas que apoiem seus funcionários em todas as fases da vida, com iniciativas que promovam equilíbrio, bem-estar e qualidade de vida.
“Percebemos que as empresas já enxergam a saúde mental como um ativo estratégico. Nosso objetivo ao divulgar esses números é justamente trazer luz a essa discussão”, comenta.
Ele pontua que não é possível atribuir os afastamentos exclusivamente ao ambiente de trabalho, mas é evidente que ele exerce um papel relevante.
No recorte setorial, analisando julho deste ano, observa-se que os segmentos de consultoria (19%), comércio e varejo (18%) lideram com o maior número de afastamentos, seguidos pelo setor da saúde (12%), e construção (11%). No mesmo mês, o estado de São Paulo concentrou 33% dos afastamentos, seguido por Paraná (16%), Minas Gerais (10%) e Goiânia (5%).
Fonte: Valor Econômico
César Romeu Nazario
OAB/RS 17.832
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